Era antevéspera de Natal quando chegamos a Lima, cidade de 8 milhões de habitantes, banhada pelas gélidas águas do oceano Pacífico. Gélidas pra valer, a ponto de os surfistas só entrarem no mar, vestindo roupas de neoprene, de manga longa e calças compridas. A praia tem pouca areia grossa. O resto são pedregulhos cortantes. O bom mesmo é admirar as ondas do alto, tarefa fácil, pois Lima fica sobre um paredão de 80 metros, à beira mar.
Cidade à prova de tsunami
Ficamos no charmoso, próspero e seguro distrito de Miraflores, onde encontramos uma árvore de Natal de três andares de altura. Era a árvore do shopping Larcomar, centro de compras construído dentro do paredão costeiro.
Há mais andares de shopping escavados abaixo da árvore.
O shopping encravado no rochedo, visto da praia pedregosa
Para os padrões brasileiros, o verão limenho é frio de manhã e à noite. Ao meio-dia, dá pra usar bermuda e mangas curtas. Tamanha amplitude térmica evidencia um fato importante sobre o Peru: toda a zona litorânea do pais é um deserto. Lima é um deserto com lindos jardins.
Deserto florido pelo milagre da irrigação artificial
Sobre estes jardins, caem 15 minutos de chuva a cada dois anos
Fora dos canteiro irrigados, nem mato cresce
Lima não tem bueiros porque não precisa. É uma de suas características. Outra é que seus prédios, muitos ultramodernos, costumam ser baixos, por causa dos terremotos.
Prédios com mais de nove andares são exceção
Lembrete entre os elevadores do hotel:
Não usar em caso de terremoto ou incêndio
Enquanto estivemos no país, não houve terremotos, mas houve incêndios pra todo lado. O povo religioso e festeiro mora em casas de madeira e adora soltar fogos. Já viu, né?
Na próxima postagem, abordo a Lima colonial e arqueológica. Não percam! :)