Poema dedicado a todos os gatos gordos que já tive
Oi, pessoal!
O poema de hoje pede uma explicação.
Aqui onde moro, os poetas costumam propor desafios uns aos outros. Um dia, o poeta Esio Pezzato sugeriu o tema "Que herança irei deixar para este mundo". Saíram sonetos lindos falando sobre valores morais legados aos filhos.
Acontece que não tenho filhos, então resolvi fazer um soneto de brincadeira.
Mais Tarde
Pergunta-me o poeta Esio Pezzato
Que herança irei deixar para este mundo.
Mas como responder de modo exato,
Sem dia de partir, hora e segundo?
Se agora, por exemplo, as botas bato
E, em Terras dos Pés Juntos, me aprofundo,
Só deixo este soneto e um pobre gato
Faminto a se esgoelar miando fundo.
Soneto inacabado, gato à míngua...
Que herança mais mesquinha! Dobro a língua.
Ou bato na madeira e a língua mordo?
A morte que me aguarde. Eu vou mais tarde,
Deixando neste mundo, sem alarde,
Soneto terminado e um gato gordo.
Carlinha, adorei o soneto e o gato gordo, idêntico a minha Izabella, que não tenho mais...
ResponderExcluirEsio vai gostar do soneto, do gato gordo, nem tanto, pois é passarinheiro e escreveu matéria contra os gatos do cemitério dia destes no jornal! rs!
Soneto nota mil!
Tenho três gatos gordos que não gostam de ser chamados assim, por isso, os chamamos de fofos...
miaubeijos
Ivana
Adorei! Cumprido o desafio, pois!
ResponderExcluirUm grande bj querida amiga
Rsrs.
ResponderExcluirAh... Carla, que dom é esse que brota de ti em forma de versos, que até no inusitado tema pétreo consegue verter plumas que me fizeram cócegas de admiração e gargalhadas singelas no canto da boca.
Parabéns!
Boa noite!
Com uma mentalização dessas, com toda a certeza a morte lhe dará o tempo necessário para a engorda do gato faminto e o término do soneto inacabado! Ótimo! Abraço, Célia.
ResponderExcluirAdorei sua resposta ao desafio... nada de deixar coisas inacabadas nem animaizinhos famintos!!!
ResponderExcluirBjoooo
belo soneto que faz sorrir!!
ResponderExcluirOi, Carla. Amei o gato, o soneto ficou de mais. Saiba vc que tenho quatro gatos gordos fôfos! Querida amiga estou agradecendo o carinho da sua visita, pois vc é sempre generosa. Obrigada e bjos no seu coração.
ResponderExcluirCarla, minha querida, adorei o soneto:)
ResponderExcluirEu gosto muito de animais; a minha preferêcia vai para os cães, que me têm acompanhado desde que me recordo de ser gente:), da casa de meus pais. Neste momento tenho um caniche.
Mas, minhas irmãs (2) que vivem nos USA e 2 sobrinhas são maluquinhas por gatos.
Penso que vc não se importará que eu copie e mande para elas o seu soneto... posso? - com os devidos créditos, EVIDENTEMENTE!!!
Acho que elas vão adorar.
Passe um tempo feliz na minha ausência (e não só...), e me aguarde.
Até Setembro, tudo de bom p'ra vc.
Beijinhos
oi Carlinha,
ResponderExcluire eu que não conhecia esse seu lado
que faz sorrir...
adorei,
e gatos são lindos e especiais,
com qualquer peso...
beijinhos
Obrigada, querida. Já mandei para minhas manas.
ResponderExcluirAs expressões são mesmo assim:
- Bater as botas
- Ir para a moradia dos pés juntos
- Esticar o pernil
- Ir desta para melhor
E agora não lembro mais:))) mas sei que há.
Outro hora te digo :)
Beijão
Querida Carla, lindo o seu soneto! Saiba que amo os animais e , se preciso for rs, adoto esse gato fofo, certo? Beijos para voce e para o bichano.
ResponderExcluirCarla,
ResponderExcluirA partir do (nosso) Guga (gato magro - pudera, adora comer borboletas!), o interesse pelos felinos se aprofundou, bem como o sentimento poético, sobretudo misterioso que eles podem despertar!
Seu soneto é muuuito gostoso!
Safyra
Olá poetisa Carla, que tudo permaneça bem contigo!
ResponderExcluirDesnecessário mais, que melhor legado pode deixar um poeta que não belos e divertidos versos, assim feito este teu, que desacelera a ligeira morte e engorda o gato, que por acaso dizem que possui sete vidas, e assim sendo a dona morte vai ter que esperar um bocadinho demais!
É como sempre digo, por cá sempre há Algo além dos livros. Parabéns pelo belo soneto, deveras criativo e repleto de sentimentos, de viver!
Grato por tuas sempre gentis visitas eu venho desejar que você e todos ao redor tenham intenso e feliz viver, abraços e até mais!
Carla, voltei...porque me apaixonei por esse gato. É seu mesmo? Dá ele prá mim???
ResponderExcluirComo se aprende!
ResponderExcluirA/carinho
Isaias
Obrigada, pessoal, pelos comentários! Aos fãs do gato acima, explico que o encontrei nas imagens do Google. É só digitar "gato com fome" que ele é o primeiro a aparecer. Beijos!
ResponderExcluirOi querida amiga Carla Ceres. Com certeza vais deixar uma bela herença quando partires. Acho que ganhou o desafio até com certa folga. Um beijo. Tenha um ótimo final de semana. FIQUE COM DEUS.
ResponderExcluirQuerida Carla, permita-me chamá-la assim, pois estou sempre a acompanhar seu blog e você se desvela encantadora em tudo que escreve. fico pensando que além do gato, você alimenta muitas almas.
ResponderExcluirParabéns!!
Um abraço
Beth
Oi, Carla. Obrigada querida pela sua visita e comentários. Olha as minhas crianças são: Chana, Tom, Bobi e Nina. `Há chana está bém velhinha e é a mais doce de todos! bjos com carinho e um lindo dia dos pais!
ResponderExcluiro labirinto
ResponderExcluiré aqui
o provisório abismo
este rosário de calêndulas ?
pálido pêndulo de asas
horizonte de estrelas donzelas
- calendários -
é aqui
o solitário pórfiro
este imaginário de istmos ?
dilúvio desvio de lírios
rios de urânios píncaros
- imagismos -
é aqui
o purgatório cósmico
este estrelário de brilhos ?
luxúria lunária de chumbo
solventre de escamas agônicas
- estribrilhos -
Inda que vai deixar um gato gordo, mas lembro-me de que meus antepassados dizem da miséria "não tem um gato para puxar pelo rabo"; talvez seja não ter onde se apegar, é a miséria dos italianos imigrantes que enchiam a casa de filhos para o lavoro eh, ãh... come manhare?
ResponderExcluirabção, filhos é bom, mas não é tudo, os que os acham tudo brigam com eles na velhice.Geramos com o coração também, ou melhor, é com este que geramos.
Soneto - som pequeno, mas para mim uma grande melodia em teus versos, Carla.
ResponderExcluirAdorei o gatinho! Abraços e ótima semana...
Oi, minha linda! Que saudade de andar por aqui e ler as coisas tão... tão... belas que você produz. Um amor esse soneto e não teve como não me lembrar do Quincas Borba, um cachorrinho também foi deixado como herança.
ResponderExcluirUm abraço cheio de carinho pra você. Hummmmmmm bem apertado!
Li seu soneto no jornal. Apaixonei-me! Parabéns, Carla, e parabéns também pelo prêmio Blog. Abraços singelos. Luzia.
ResponderExcluirCarla
ResponderExcluirUma graça seu soneto e o fato de não ter filhos não interferiu na sua essência alegre de ser, pois por anda passa deixa palavras de amizade e alegria.
Um ótimo final de semana!
Ivana
Estou comentando com a opção de anônimo porque não estou conseguindo com minha conta.
Carla, amiga, nem sabe o quanto o assunto abordado em minhas páginas é polêmico, complexo e delicado, mas mesmo assim temos que emitir nossas impressões e aproveitar para aprender sobre as impressões dos outros também.
ResponderExcluirGrata pela sua passagem por lá.
Abraços e uma excelente semana.