segunda-feira, 18 de julho de 2011

Clepsidras

Poema classificado para a fase regional do Mapa Cultural Paulista

Clepsidras

Mania de precisão:
O homem que controlava
Os velhos relógios d’água
Sempre disse que faltava
“Uma gota pra hora exata”.

A menos ou a mais? Não importa!
O fato é que a hora certa,
Por certo, se esconderia
No pingo que lhe sobrasse
Ou no que lhe faltaria.

E que falta lhe faria
A conta da gota exata
Na exata conta da gota
Da qual faz parte este dia!

15 comentários:

  1. oi Carla,

    a hora certa nos parece que nunca o é...
    sempre arrumamos uma desculpa e uma justificativa,
    até o controlador de relógios colocou sua dúvida,
    ah, o tempo...

    beijinhos

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  2. Ah! O "conta-gotas" da nossa existência... Há de sempre faltar mais uma gota para completar-se!
    Beijo, Célia.

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  3. A última gota completa e satisfaz
    Um grande bj querida amiga

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  4. Pois é, amiga, não ria . Se nossa visão não fosse tão limitada, veríamos a diferença que faz uma gota de água. Para o dia não faria tanta diferença,mas, para o número incomensuravel de seres microscópicos que habita a gota, seria o fim. Agora é só pensar... Ui, esquece, rs. Beijos, Carla!!!

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  5. Olá poetisa Carla, que tudo permaneça bem contigo!

    Procurar exatidão no tempo é o mesmo que tentar encontrar o elixir da eternidade nesta vida!
    No momento em que crer-se na sua exatidão, ela deixa de ser exato, pois o tempo não para, sempre vai faltar àquela gota!
    Sempre postando belíssimos escritos de tua criação, com belas imagens ilustrativas. Como diz o título deste espaço, e aqui Algo além dos Livros!
    E grato por tuas sempre deveras gentis visitas e comentários eu deixo meu desejo que você e todos ao redor sejam deveras felizes. Um enorme abraço e até mais!

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  6. sílvia regina de oliveira18 de julho de 2011 às 21:59

    Carla,

    O tempo, que na sua (im)precisão, vai e vem no espaço (in)exato dos segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, eternidade... dos ditos e contados passados, presentes e futuros - wow, viajei no tempo, sem tempo!

    Bjs (a)temporais,
    Sílvia Safyra

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  7. é do tipo de poema que faz a gente ficar pensando, pensando, pensando...

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  8. Há mesmo poesia em tudo, que o diga Carla Ceres. Isso faz a gente presumir que os poetas são realmente dotados de uma certa particularidade que lhes é exclusiva. De outro modo, por que os não poetas passam pela vida e dela se vão sem sentir que estão perdendo tanto? Deve ser também justamente essa particularidade que deixa os poetas tão sensíveis às miséris humanas, o que tem tornado a vida insuportável para alguns.

    Abraços, minha maravilhosa Carla!

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  9. A gota há de sempre faltar ou sobrar, porque nosso destino é a eterna busca, para que seja eterno o crescimento e eterna a criação. Linda poesia, Carla!

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  10. Intrigante e mui belo escrito. Luz e Paz amiga. Passei para te deixar um beijinho de boa noite.
    Sonhos cor de rosa tenhas!!!!

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  11. Olá, amiga Carla. Lindo poema! Nos instiga a pensar no relógio do tempo. Amiga agradeço todo seu carinho e desejo para vc sempre muita alegria, amor e muita paz. Obrigada pela sua amizade. Bjs com carinho!!

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  12. Tudo tem seu tempo e espaço, beijo Lisette.

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  13. Carla, talento certo, líquido e humano.É muito bom ver com seus olhos e gosto de ler e escrever vendo, a alma está nos olhos. Quê sacada para esta poesia, sem tempo.

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  14. Sempre achei os relógios d'água uma forma mágica de marcar o tempo.
    Grande abraço minha amiga!!!

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  15. "Mesmo um relógio parado consegue marcar corretamente duas vezes a hora em um dia."

    (Anônimo)

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