A vítima, o faminto, o diferente,
O estranho, o triste, o herege, o escuro, o torto,
O belo, o feio, o pobre, o dissidente,
A fêmea, o sábio, o bruxo, o livre, o morto
Destroem nosso mundo tão perfeito,
Desprezam o viver em cativeiro,
Prosseguem sem pensar que, deste jeito,
Expõem nossos temores por inteiro.
A cada qual aguarda seu suplício:
Degredo, beijo-à-força, excomunhão,
Mordaça, ferro em brasa, cruz, hospício,
Fogueira, forca, roda, escravidão...
Seguimos demonstrando, desde cedo,
Ao outro a imensidão de nosso medo.
E quando caímos na real que nosso mundo não é perfeito... os medos crescem, e "estragam" ainda mais o nosso mundo particular... ficando nesse ciclo até tomarmos uma atitude.
ResponderExcluirOlá premiada poetisa Carla, desejo que esteja tudo bem contigo!
ResponderExcluirMuito belo este seu poema, parabéns!
Pois é, na realidade a maldade somente existe, porque o bem em toda a sua bondade, a permite. Não podemos imaginar uma vida diferente da que nos ditam a sociedade que no mesmo instante somos taxados de “sonhadores” além de sermos colocados a margem. Muitas vezes penso que a globalização não trilha somente o bom caminho!
Parabéns pela linda postagem Carla, obrigado por suas sempre carinhosas visitas e gentis e alegres comentários, tudo de bom pra você e todos ao redor sempre, grande abraço e até mais!
Carlinha, num consegui ouvir o áudio, o erro é meu ou é no site?
ResponderExcluirBeijão
Pronto, Vinícius, acho que consegui corrigir o erro. Obrigada por avisar! Beijos!
ResponderExcluirCarla minha Poetisa preferida... ninguém percebeu seu Soneto Inglês perfeito. William e Pessoa não teriam feito melhor! Por isso é vc a Princesa da Poesia sim. sim sim sim.
ResponderExcluirSobre o debate: hilário. como sempre um humor gástrico excelente em sua lente de pince-nez para captar tudo.
como sempre, parabéns, EsioPoeta
Obrigada Esio, Sonetista Mor! É sempre uma honra receber seus elogios, mesmo sabendo quanta generosidade os motiva. Abraço!
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